- A fúria de uma mulher rejeitada pode tomar as formas mais diversas: dedicação, controle, masoquismo, raiva, vingança, obsessão, santidade. Talvez essa tal fúria contenha, ao mesmo tempo, todos os bizarros ingredientes.
- A maior mentira que nos contaram - e que nós, piamente, acreditamos - é essa, a de que tudo passa. Nada passa. Passa coisa nenhuma.
- Sentimentos? Eles se transformam em outros sentimentos, mas não passam. As pessoas que você amou, nunca te causarão indiferença (indiferença, o oposto do amor), sua única certeza é que você sempre vai sentir algo quando as encontrar - algo bom ou ruim, muito bom ou muito ruim. As pessoas que te menosprezaram, te usaram ou simplesmente te rejeitaram, continuam, cada qual com sua adaga, perfurando seu amor-próprio, dia após dia, umas mais, outras menos.
- Somos todos, homens e mulheres, mestres no fingimento, na dissimulação, no recalque, mas a verdade, meus caros e minhas caras, a verdade é que nada passa. Por isso você vê uma mulher histérica ao pegar uma cebola podre no supermercado, por isso você vê o homem agindo como um primata no trânsito, por isso seu chefe estoura sem razão, por isso você teve uma crise de choro durante aquele filme, por isso as pessoas têm chiliques inexplicáveis: porque nada passa e nós precisamos de válvulas de escape.
- Aliás, briga não é desculpa. Aposto que você já ouviu coisas do tipo: “Eu não quis falar aquilo tudo, estava com raiva, no calor da discussão a gente diz coisas que não quer, aponta defeitos que não incomodam, faz acusações que não são verdadeiras. Não leve em conta o que eu disse”. Hum... sei, sei. Aproxima aqui o ouvidinho, cara-pálida: “Eu não quis dizer isso” uma pinóia! Acho que na hora da briga é justamente quando vomitamos tudo o que está entalado na garganta e mais um pouco. Aquele jorro é o estofo dos sentimentos: pode não ser bonito, pode não ser cheiroso, mas que é verdadeiro, eu não duvido.
- Em vez de querer amor, por que não sair para dar amor? Amizade é amor. Atenção é amor. Ficar em silêncio é amor. Dar as mãos sem a necessidade de nada mais é amor. Emprestar um livro ou um CD especial é amor. Se preocupar com o outro mais do que com você é amor.
- Talvez, num primeiro impulso, você ache um investimento muito alto, mas, minha amiga, pense comigo: quanto vale a sua felicidade? Quanto você pagaria por ela?
E pra terminar:
- Portanto, é mentira que tudo o que a vida nos dá é uma sensação inofensiva e desconectada após a outra, um fluir ininterrupto de trechos de sol ou chuva, de sinais fechados ou abertos. A vida é muitíssimo mais do que isso. Ela é consequência, meu caro. E, mesmo que você finja, mesmo que você fuja, mesmo que você minta, em algum momento, nesta vida ou na outra, você também irá sentir o peso de cada uma das suas ações.
- A maior mentira que nos contaram - e que nós, piamente, acreditamos - é essa, a de que tudo passa. Nada passa. Passa coisa nenhuma.
- Sentimentos? Eles se transformam em outros sentimentos, mas não passam. As pessoas que você amou, nunca te causarão indiferença (indiferença, o oposto do amor), sua única certeza é que você sempre vai sentir algo quando as encontrar - algo bom ou ruim, muito bom ou muito ruim. As pessoas que te menosprezaram, te usaram ou simplesmente te rejeitaram, continuam, cada qual com sua adaga, perfurando seu amor-próprio, dia após dia, umas mais, outras menos.
- Somos todos, homens e mulheres, mestres no fingimento, na dissimulação, no recalque, mas a verdade, meus caros e minhas caras, a verdade é que nada passa. Por isso você vê uma mulher histérica ao pegar uma cebola podre no supermercado, por isso você vê o homem agindo como um primata no trânsito, por isso seu chefe estoura sem razão, por isso você teve uma crise de choro durante aquele filme, por isso as pessoas têm chiliques inexplicáveis: porque nada passa e nós precisamos de válvulas de escape.
- Aliás, briga não é desculpa. Aposto que você já ouviu coisas do tipo: “Eu não quis falar aquilo tudo, estava com raiva, no calor da discussão a gente diz coisas que não quer, aponta defeitos que não incomodam, faz acusações que não são verdadeiras. Não leve em conta o que eu disse”. Hum... sei, sei. Aproxima aqui o ouvidinho, cara-pálida: “Eu não quis dizer isso” uma pinóia! Acho que na hora da briga é justamente quando vomitamos tudo o que está entalado na garganta e mais um pouco. Aquele jorro é o estofo dos sentimentos: pode não ser bonito, pode não ser cheiroso, mas que é verdadeiro, eu não duvido.
- Em vez de querer amor, por que não sair para dar amor? Amizade é amor. Atenção é amor. Ficar em silêncio é amor. Dar as mãos sem a necessidade de nada mais é amor. Emprestar um livro ou um CD especial é amor. Se preocupar com o outro mais do que com você é amor.
- Talvez, num primeiro impulso, você ache um investimento muito alto, mas, minha amiga, pense comigo: quanto vale a sua felicidade? Quanto você pagaria por ela?
E pra terminar:
- Portanto, é mentira que tudo o que a vida nos dá é uma sensação inofensiva e desconectada após a outra, um fluir ininterrupto de trechos de sol ou chuva, de sinais fechados ou abertos. A vida é muitíssimo mais do que isso. Ela é consequência, meu caro. E, mesmo que você finja, mesmo que você fuja, mesmo que você minta, em algum momento, nesta vida ou na outra, você também irá sentir o peso de cada uma das suas ações.
Num passado muito distante, num motel de br, depois de algumas brigas e um ice, enquanto a outra pessoa dormia, eu assistia alguém interessante no jô soares. Stella Florence.